PARA QUEM AMA GATOS

PARA QUEM AMA GATOS
https://www.youtube.com/c/RonronseGatices

quinta-feira, 31 de março de 2011

Esquece e vem...


Ando muito nostálgica por esses dias, mas não propriamente amargurada; interessante!...
Um ponto de mim indo a partes esquecidas, resgatando invariavelmente a emoção.
" O passado nunca sabe o seu lugar: está sempre presente" (Mário Quintana; saudades, poeta!...)
Um momento que me traz, escorando uma suavidade que as lembranças doces costumam tomar de nós.
A malícia das memórias é fazer com que não sejamos bons nem maus; só saudosos, ante ao retorno de imagens e sons!
Captura-me o senso emotivo e traga a motivação do presente.
São assim, elos que se formam eternos...
Talvez eu seja a única que lembre, talvez as recordações sejam só minhas; nem sempre saber significa compartilhar...
E "esquecendo", me "veio" Nico Rezende!
Lembro com riqueza de detalhes, a tão somente permitida pela memória afetiva, como se fosse presente (mas é passado...) de meus arroubos de adolescente, quando tocava a longínqua canção-título dessa prosa sendo poética.
A afetividade da recordação me traz também o conhecimento do show aqui, pertinho da minha casa, tão perto, que quase escutava a respiração do artista...
Obediência e timidez azucrinaram toda a minha adolescência, e eu não me permitiria fugir para assistir à apresentação de Nico! (Tinha medo da represália dos mais velhos: pai, mãe e irmãos...)
Dor mesmo foi na segunda-feira, quando meus colegas (TODOS... ou quase), após aquele sábado de luz, disseram com galhardia ofensiva dos que tudo podem e conseguem ("Minha mãe não manda em mim!"), contando aos quatro ventos que o evento havia sido maravilhoso, envolvente e até dançante...
Se há tortura chinesa, há também a tortura teen, que é muito pior...
Pra sempre recordarei de quando tão facilmente sentiria a música ao vivo e não a "ouvi", chorosa "vendo-a" pela TV...
Esquece e vem, a exemplo de algumas poucas canções românticas, é daquelas cuja letra "adulta" não se perde no "Não vivo sem você", e não tem o tom choroso, com alto teor de sacarose!
Seu estilo tem uma lentidão ocasionada pelo arranjo sutil, quase um poema cantado, e o saxofone sugere uma sensualidade tão criativa, que naquela época não surgiu outra igual!
Nico era uma promessa de renovação em nosso cancioneiro e, sabe-se lá por que caminhos trilhou, o moço só faz parte agora dessas memórias que não nos deixam mentir...
Ele é mais conhecido por ser compositor e arranjador (foi ele quem escreveu, junto a Paulinho Lima, a famosíssima Perigo, cantada por Zizi Possi) e me custa trazer à baila a sua última aparição em TV (talvez... 2001?).
"Esquecer e ir" é difícil, mas "lembrar e voltar", é sempre bem tranquilo para esse meu coração sonhador!
As amarguras que se percam em seus confusos estremecimentos no caos (essas "olvidáveis"!); assombro meu sentido interno de pacificação com minhas memórias Peter Pan...
Se eu te digo "esquece", é para engavetar o dissabor, a incompreensão, e se eu uso "vem", me esparramo inteira, diante da vida que me espera, sugando todo o amor que houver...
A inesquecível Esquece e vem, aqui agora, peço, cuja letra sempre me toca, mesmo quando sua melodia não está "tocando"...


Esquece e vem - Nico Rezende

(Composição: Nico Rezende/Paulinho Lima)

Dói mais teu silêncio que tua agressão
Tentar crescer, saber dizer não
Ter seu espaço, sua opção, tudo em vão

A gente se esquece do que promete
Tenta não ver que enlouquece
Na barra pesada, isso nunca mais, te encontrei

Uhh...

Nada adianta e não tem disfarce
Pra que enganar? Diz a verdade
Tanta solidão, a quem convém?
Esquece e vem...

A gente quase tudo tem

Nada adianta e não tem disfarce, não
Pra que enganar?
Diz a verdade

Tanta solidão, a quem convém?
Esquece e vem
A gente quase tudo tem





(Imagem:

http://voarnopensamento.blogspot.com


Edição de imagem:

http://marymiranda-fatosdefato.blogspot.com)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Amo tudo isso!!!!

Acabei de receber um selo de Cacau Feit (Obrigada!!!!), uma amiga tão doce quanto o chocolate (Alma Aprendiz), selo esse que veio acompanhado por um meme. O mesmo, oportunamente, se chama Amo Tudo Isso, já que as perguntas têm a ver com amor a certas iguarias. Olha ele aí, o sr. "Guloseima" (haha):



As perguntas se dispõem logo a seguir:

Você ama doce ou salgado? Ou os dois?

Tenho fixação por salgados! Se eu tivesse que escolher o que comer para o resto da vida, não faltariam empadas, coxinhas, risólis, galetos, empadão, torta salgada, pizza, pizza de liquidificador, pastel, etc.
Tudo bem, depois teria que desengordar essa 'equipe' toda, mas valeria a pena... haha



Você ama qual tipo de salgado?

Vide resposta anterior.


Você ama qual tipo de doce?

Doce não é bem meu alimento predileto, embora sorvete, pudim e bolo de chocolate habitem o meu "Planeta Sonho"...

Você ama fruta? Quais?

Boníssima pergunta!
Amo quase todas as frutas!!!!
Colocando em forma de lista, tenho: manga, banana, abacate, abacaxi, mamão e uva como as minhas prediletas.



Nesse meme, quis algo um tanto ou quanto diferente, que espero ser do agrado de todos!
É o seguinte:
O certo seria eu indicar 5 blogs.
Só que, como eu estou com a "corda toda", resolvi lançar um desafio, ou seja, ver quem gostaria de participar!
Através dos comentários, quem se predispuser a fazer parte desse meme, deixe o seu nome e link do blog, que insiro na lista.
Porei rigorosamente pela ordem de chegada!
Que tal?

Abração a todos!!!!

Eis a lista do(s) participante(s) para o desafio:

Ademar Maggi Júnior (Contos do Crack)

sábado, 26 de março de 2011

Zapping num zás-trás!



Zapeio feito tonta...
Bêbada de ideias, um controle sem, remotos indagares; onde estou?
Aí está uma grande diversão para uma fuga de eu; cansaço de pensar...
Parei na contramão do exagero, uma Zorra, uma farsa, para em troca, exchange, canais obscuros!...
Satelizando meu imaginário, esbaforida, suor de quem chegou, um banho, por obséquio!
Comercial de cinco minutos...
Miseráveis! Permitam um devaneio maior debaixo do chuveiro mais ensaboado!...
Meu sabonete escorregou e eu peguei...
Plim! Volta novela das oito ( que é das nove)!...
Um burburinho enlouquecido e eu caio na água - saborosa!- escuto um outro -Plim! , mergulhando em satélites indecisos...
Disseram que a Selma vai pagar ao Marcelo... ( Quem é Marcelo? Selma?...)
Ótimo! Uma discussão entre os "Ma"...
Vingança do fogoso André?
Xi... Agora vai ter que assumir!... Ou sumir! (Para sempre... Das Olimpíadas!)
Zico agora é Interativo!
Ai, ai, NÃOOOOOOOOOOOOOOO!
Ninguém ainda me beliscou!...
Deu zebra numa Rede aí...
Tem nome essa Rede: TV! Que criatividade...
A Futura só ganha no passado, de Douglas Silva, talvez de uma "Cidade Divina", chorando pela escola ultrapassada...
Vá, vá, vasculhe no intermediário!
Quem quer dinheiro?
Pergunta inóspita de alguém que QUER dinheiro...
Vida feita de intervalo!...
O pavor do cliente áudio-visual é escutar vinhetas!
Esse cliente atende vulgarmente pela alcunha de Palhaço, já que sabe o final, mas insiste no princípio e meio, de qualquer folhetim!...
O quê? Noticiário agressivo? Hum, caiu a bolsa de valores na Wall Street...( E o que é Wall Street? Filme do Michael Douglas com o Charlie Sheen, um Homem que é Dois e Meio?)
De Nacional, o Jornal só tem o Carnaval!
Há uma globalização de fatos que só entende é quem não vê!...
Insistem em dizer "récord"; somos brasileiros e o certo é recorde... (Jornalistas: aprendam língua portuguesa; tranquilo?)
Enlatem o bom senso a sete Chaves! (Meu aluguel não pago há 14 meses!!!!!!!!!)
É mídia televisiva mas o anúncio é cibernético: acessem www!
Já expulsaram Dona Cegonha dos enredos?
E já explicaram por que os bebês de camisinha continuam nascendo?
Faz bem quem foge da melhor: Adnet não foi pra Globo...
Faz bem quem foge da melhor: Amaury Jr. também não foi pra Globo!
Faz mal quem cai fora da melhor: Patrícia França saiu da Globo...
Parabólicas mensagens em meu pergaminho de consumidora...
Páginas viradas e arroz inocentes que se queimam, perdidos, impassíveis...
Quarta-feira é odiosa!!!!
Pós - ficção popularesca, resto de cinza de quem queria avistar programa...
Futebol Libertador? Não, eu preferiria prisão "novelar"...
Campeonato... campeões de quê? Carioca? Paulista?
Ai, não tenho região...
Pois o azar já vem em forma de Grupo dos Treze!...
Domingos Divertidos, só coincidem por D; resta trazerem o Divertimento!
Realidade está nos sonhos de um milhão... Caseiros vibram, rueiros vibram!...
(E alguém lá ganha um milhão? Um milho grande, talvez, que se môa e faça fubá!...)
O outro estava Perdido na Noite, agora nos faz perder noites...
E o melhor talk show, depois do melhor talk show ( "Lá vem ela/ Marília Gabi Gabriela"), é o desbunde da mediocridade de Bento Estação Ribeiro, que acaba sendo a válvula de escape de terça à noite!... ( E que já sumiu... Antenas desligam de repente!)
O que vem primeiro: a cópia Jô ou o enjoado original 'de recorde'? (o meu J é de Jô Soares SEMPRE , NUNCA de Jay Leno!)
Há essa bagunça geográfica onde o cara que é "Cidadão do Mundo", se resume a lugar-comum de l'argent nacional: é Big um correspondente londrino , se fixar em janeiros a abris, em covas realísticas de Brothers Brasileiros...
Nunca me traí por ver chifres: Canal do Boi já me salvou de infortúnios!
É manga larga, fêmea, de 9 meses, prenhe, boa linhagem, fazenda Esperança...
Parcelas: 2+2+2+2+2+2+2+2+2+1+1, de R$ 120, 00!
Assistir Praça? Meus " bichos de sereno" são mais contagiantes...
No dia que eu me render a topetes "cantantes", que me perguntam Topa ou não topa, é sinal que o meu sombreiro mexicano não me escondeu do vexame...
"Dança, gatinho, dança!": Tigrinha é bem melhor nisso, mesmo contrariada...
Satelizando o desferido show Fantástico, mais de Morte que de Vida, explorações de torrentes Alagados, favelas da maré...
Ondas encurtam o meu passo para fora; retenho meu grosseiro vocabular, escancarando o permeio de liberdade de expressão que uma mídia me dispõe, a juros altos, parcelas caras!...
Esperar o próximo capítulo de jogatinas visuais, merchandising de corpos não de mentes, materiais recicláveis rodando na lixeira mental; volto ao computador, deletando...
Não concluo linha de pensamento; já fazem isso por mim!
Mozart na TV Senado, rodopio esquisito na TV Câmara, palavrões em filmes nacionais na TV Brasil; onde está o critério?
A melhor opção não é boa, desenhos repetidos em episódios nababescos...
Eu vou e volto de Marte com facilidade, desintegro em futuros inóspitos, intergalácticos que assaltam minhas manhãs!...
Passo zapeando numa rotina fascinante!
E não fujo por preguiça, invasão da mente que só faz pensar...
Estranho a piada, e dou minhas gargalhadas, quando aquelas estão mais sem-graça!
Meus programas de humor advém de momentos imprevistos!
Vou zapeando sem fim...
Sinto regozijos de falar mal; a mídia me força ao teor fofoca!
Enquanto o controle remoto deslizar satélites perecíveis, ainda posso dizer que algo não vale a pena...
É saboroso dizer: "Vi e não gostei!"
O lado menor de todo ser humano é sempre contradizer a maioria, e só o telespectador tem esse poder!
Poxa, afinal, eu nunca assisti novela...


Televisão - Titãs
Composição: Marcelo Fromer, Tony Belloto, Arnaldo Antunes



A Televisão

Me deixou burro
Muito burro demais
Oi! Oi! Oi!
Agora todas coisas
Que eu penso
Me parecem iguais
Oi! Oi! Oi!...

O sorvete me deixou gripado
Pelo resto da vida
E agora toda noite
Quando deito
É boa noite, querida....

Oh! Cride, fala prá mãe
Que eu nunca li num livro
Que o espirro
Fosse um vírus sem cura
Vê se me entende
Pelo menas uma vez
Criatura!
Oh! Cride, fala prá mãe!...

A mãe diz prá eu fazer
Alguma coisa
Mas eu não faço nada
Oi! Oi! Oi!
A luz do sol me incomoda
Então deixa
A cortina fechada
Oi! Oi! Oi!

É que a televisão
Me deixou burro
Muito burro demais
E agora eu vivo
Dentro dessa jaula
Junto dos animais...

Oh! Cride, fala prá mãe
Que tudo que a antena captar
Meu coração captura
Vê se me entende
Pelo menos uma vez
Criatura!
Oh! Cride, fala prá mãe!...

A mãe diz prá eu fazer
Alguma coisa
Mas eu não faço nada
Oi! Oi! Oi!
A luz do sol me incomoda
Então deixa
A cortina fechada
Oi! Oi! Oi!...

É que a televisão
Me deixou burro
Muito burro demais
E agora eu vivo
Dentro dessa jaula
Junto dos animais...

E eu digo:
Oh! Cride, fala prá mãe
Que tudo que a antena captar
Meu coração captura
Vê se me entende
Pelo menos uma vez
Criatura!
Oh! Cride, fala prá mãe...

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!







(Imagem:

www.historiadetudo.com


Edição de imagem:

http://marymiranda-fatosdefato.blogspot.com)

sábado, 19 de março de 2011

Mens sana in corpore sano


Esse post foi inspirado num comentário que fiz em um texto visceralmente fantástico da querida e amiga Jackie Freitas, a Fênix do Bem, intitulado O tóxico que nos alimenta . É uma honra ser incentivada pela mesma Jackie a transcrevê-lo em forma de post, ela que, além de uma grandiosa escritora, é igualmente um ser humano do mais alto calão! O meu Salve! Salve! hoje vai pra você, querida Fênix, junto a todas as minhas reverências mais sinceras! Obrigada pela inspiração e incentivo!


Honrado é o fardo de levarmos na consciência, a sujeira de nossas indiferenças!
Ironia para definir o quanto de lixo ingerimos todos os dias, através de nossas bocas, palatais ou mentais, para impormos nossas iniquidades!
O alimento físico ou de alma, não pode ser digerido como coisa qualquer!
Intuitivamente, percebemos a origem de nosso idioma, o latim, que trazia na significação do verbo saber , de 'sapere', uma alusão a 'sabor' (os antigos habitantes do Lácio só achavam que alguém 'sabia' algo, se tivesse provado pelo paladar; outros idiomas creditam o saber, àquilo que já foi previamente escutado ou visto...).
O que quero dizer com minhas palavras talvez indignas?
É que o inconsciente coletivo, seja de latinos ou não, sente uma necessidade de 'saborear', 'degustar' o que a vida traz, e costumamos achar que 'sabemos' aquilo que sentimos e nos faz bem.
Se o seu alimento é veneno para outros, dane-se, porque você provou antes e era gostoso!
Inveja nunca foi boa comida, mas é uma iguaria deliciosa para aqueles que a tem em seus 'organismos' perniciosos!
Relembrando novamente o fundamento linguístico, o que é gostar? É tudo aquilo que se provou pelo gosto e era agradável!
Os mesquinhos se entopem do que não presta, porque há a necessidade crucial, necessidade básica, de sentirem seus estômagos cheios, fartos!
Fartos de quê?
De saciamento egoístico...
Para eles não há importância de alimentar quem está perto, mas saciar seus desejos pútridos, nem que esse alimento seja encontrado em lixos fedorentos!
Há sentido em ver-se semelhantes nossos esparramados em latrinas sociais, chafurdando feito porcos, indigentes, revirando latas velhas, imundas e a nossa mesa preenchida de nossos 'assassinos' alimentares?
Comida é para quem tem fome orgânica; cordialidade é para quem tem fome de respeito!
É impactante versejarmos misérias alheias, enquanto as nossas próprias estão arquitetadas em tapetes internos, não batendo para tirar o pó nunca, chorando pitangas porque não compramos aquele móvel-descarte que estava na promoção...
Removendo o alimento-momento de nosso corpo, nos vemos sós e livres!
Um menear de mãos para a despedida das sobras do nosso jantar lamentoso...
É ensurdecedor o grito da alma que pede por alimento!
Nutramos essa perisperitual clamante por justiça!
Como e bebo "do melhor", engordo sonhos de fazendeiros carnívoros em adquirir a pickup 4x4 de 0 km...
Como e bebo "do pior" e me auto-engordo, alimentando sonhos de donos de academia de ginástica para trazerem as esteiras nauseantes estilo "States" de engana-trouxa, as famosas 'ET'...
Levemos pela cara essa imundície que emporcalha valores!
Saiamos renegados pelo senso comum da imparcialidade ao se ajudar alguém, sem olhar a quem!
Fardos, arrobas de arroz estragando em dispensas; joguemos fora, é fácil e óbvio não atinarmos para as bocas desdentadas de fome...
E o alimento de espírito?
É dificultoso ter caridade, virtude dos fracos e tolos, candidatos à sublimação, caretas arcaicos, bobos que gastam seu tempo precioso para estar em algum lugar, fazendo o bem...
Alimentar o corpo de outrem, é alimentação substancial da própria alma, nascida ignorante e pura, pedinte de paz, límpida de toxidez inferior!...
A alma humana é insípida, e graças a essa característica é que ainda encontramos seres que não aceitam migalhas de alimento, e não intoxicam seus ensejos de existência!
Saber é saborear, gostar é provar pelo gosto, mas por que será que só 'sabemos' e 'gostamos' logo do que nos faz mal, do que intoxica nossas mentes e atrapalha nossos semelhantes?
O conceito de certo e errado foi inventado por quem?
É sempre uma boa pergunta essa...
Talvez se trocássemos os pratos de vez em quando, engolindo o fel alheio, entendêssemos o quanto é abominável uma alimentação inadequada!
Aprender a nos colocar no lugar dos outros, ainda é um maravilhoso caminho para SABERMOS como é a vida de verdade.
Novos sabores, novos temperos podem trazer satisfações alimentares, de alma e de corpo, que jamais pensaríamos existir, enquanto continuarmos com nossa monocultura de egoísmo...

(Imagem:
www.blogs.estadao.com.br)

domingo, 13 de março de 2011

Te amo como nunca amei




Direto ao túnel do tempo me atiro, e trago de 80 uns acordes de Veloso, que não é o Caetano, uma incidência não aceita já que não há parentesco: Altay é o nome do lembrado da vez!
Aposto que de cada dez pessoas que conheço, apenas UMA (para "pegar leve"!) conhece o injustiçado, conquanto ótimo músico/compositor/cantor, Altay Veloso!
Esse senhor é dono de uma vigorosa voz e andou fazendo um barulhinho bem modesto em tempos idos; talvez eu nem soubesse de sua existência se não fosse pela eterna busca de "bolachões" com cara de mofo, por parte dos meus pré-vindos queridos irmãos...
Caiu na mão do do meio um vinil de nome Sedução do supracitado artista, já de cara dando ar de notoriedade: capa bem feita e sutil, contra-capa com os músicos participantes (adoro aquelas fotos informais de encontros artísticos!), a primeira faixa (título do post) sendo uma das melhores músicas , e Léo Gandelman ( que abuso de Altay; vai ser besta assim lá longe!!!!), permeando com seu sax divino, quase todas as canções do álbum!
A mais famosa(?) canção de Altay não é nem de longe a melhor, a tal Entra e sai de amor (parece que foi tema de novela...), perdendo em qualidade de produção, uma letra chinfrim, dolorida, feita para "causar" nas rádios, bem aquém de qualquer expectativa ( salva apenas pela interpretação do cantor).
Há aquelas dançantes e sociais como Festa na Cinelândia (minha favorita das mais agitadas), as mais sapecas como Selvagem e as mais mansinhas como uma versão de uma música de George Benson.
Contudo, me derreto e desmaio em puro êxtase com Te amo como nunca amei!
Ela é uma daquelas canções-base, as chamadas "paixão à primeira vista", que pegam e se esfregam inteiras na alma de nós todos!
A letra é doce, embora 'melosa' não seja uma boa definição!
Declaração de amor pacífica, sem tristeza, encantadora...
O arranjo e interpretação ímpares, encontro não-casual do tempo e espaço!
Vamos conferir, não estando a canção tocada em rádio alguma e nunca o fora, jogada no chá de esquecimento, reforçante de frase-efeito de que 'Brasileiro não tem memória'...
Um destino galhofante me traz à mente alguns trinados de Altay, aludindo à tremida sonoridade perdida.
Vou vasculhar meu cérebro e retiro a música, cantarolando-a toda a tarde, explodindo em raios sonoros através da leve chuva que cai!...
Achar tesouros escondidos virou meu hobby principal por esses tempos, mesmo que estejam estes dentro de mim.
Canções belas são assim, um apanhado de emoções e prontidões para o descanso de perfis sonhadores!
Um convite ao lindo delírio faço agora a qualquer um que por aqui esteja!
Aprecie, se entregue, absorva ou sorva as gotas de romantismo indeferível de Te amo como nunca amei!
Se há por dentro sentimento desastroso de preconceito ou empáfia da arrogância, esqueça!
A música em questão só quer trazer a tranquilidade para a alma!
De resto é correr, em retiro estratégico, para redes físicas ou sociais...


Te amo como nunca amei - Altay Veloso

Composição: Altay Veloso


Mensagens Para Orkut - MensagensMagicas.com


Princesa doce, linda e calma
Você me faz tanto bem
Abriga a minha luz como ninguém

Me deixa um furacão na alma
Quando me pega entre os dedos
E devora a minha luz
Te amo com eu nunca amei
Princesa doce, linda e calma
Você me faz tanto bem
Tudo em você me encanta eu já te falei
Nos basta o cio da floresta
Você tem o arco e eu a flecha
É o bastante
Te amo com eu nunca amei

Refrão
Baby você tem o poder
De me fazer feliz
Você me deixa assim em fogo
Com as coisas que me diz
Há tanta beleza quando a gente vai
Há tanta luz quando a gente faz
E é tão bonito a gente viver bem
Te amo com eu nunca amei
Te amo com eu nunca amei
Te amo com eu nunca amei





(Imagens:
http://www.mensagensmagicas.com
http://oficina-do-gif.blogspot.com)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Literatura e um conto de vida

E cá estou eu, em mais uns memes/selos; ou seriam selos/memes? Deixa pra lá...
O que importa é que adoro participar deles porque é uma chance de conhecer meus amigos e eles a mim, um pouquinho mais...
Um deles é literário ( que culto, não?) e haja queimação de cuca para escolher apenas ALGUNS livros preferidos, eu, uma leitora voraz! ( É a mesma coisa que perguntar a um chocólatra de que jeito ele gosta de devorar chocolate: em forma de bolo, barra, sorvete, biscoito...).
Bem, o meme abaixo foi enviado a mim, um dia desses, pelo meu amigo dihittiano Bruno Machado(Entrevista com Blogueiros), o cara que se tornou celebridade por ter inventado o verbo Re-selar (haha). Também tive a indicação do igualmente amigo e dihittiano Fábio C. Martins (Folhetim On Line), um grande contista.
Devo responder às perguntas que seguem:

1- Existe um livro que você leria várias vezes sem se cansar? Qual?

Pássaros Feridos, Colleen McCullough

Quando eu o li à primeira vez, só tinha 14 anos e até hoje é meu livro de cabeceira!
Para quem acha que Pássaros Feridos é aquela obra resumida a amor proibido de um padre por uma moça inocente, se engana redondamente!
Lá consta um verdadeiro tratado de vida, sobrevivência, tempo e espaço, tendo como cenário o labor árduo de uma fazenda, mas descortinando a época, a solidão, a inveja, a terra enredando o cerne vital de cada personagem, que são vividamente humanos.
Aviso aos navegantes:
Não meça o romance pela minissérie!
A literatura dessa ficção é INFINITAMENTE melhor, portanto, leia o livro...

ou

Os herdeiros, Harold Robbins

Há quem classifique o lendário Harold Robbins como escritor de segunda linha, chegando até, alguns críticos desinformados de plantão, a limitá-lo com argumentos de que suas obras são 'sub-literaturas'... (Devem ser os adversários escritores, com inveja da maestria em suas composições!)
Os herdeiros é um dos mais sinceros livros ficcionais que já li!
Ele é linha "casca grossa" ( como todas as obras desse autor), desbravando sem pudor, o mundo televisivo e seus bastidores questionáveis, cheio de clichês, mas originalmente verdadeiro!
Drogas, sexo, venda de corpo, venda de alma, chantagem, depressão, violência, tudo lá, exposto, com tal vitalidade que dói, como dor física.
É livro para ler e reler, de tão detalhado e surpreendentemente saboroso, o seu desenrolar.


2- Se você pudesse escolher apenas um livro para ler o resto da sua vida, qual seria?


Felicidade clandestina , Clarice Lispector

Foi através dessa obra de Clarice, que nasci para o gosto por leitura, eu que já gostava de fazê-lo, mas que não era, até então, uma leitora tão compulsiva! (Eu tinha uns 11 anos...)
É um livro de contos para "dormi-lo", "comê-lo" (como mostra uma das passagens do conto homônimo), livro para mergulhar no escuro e vir à tona com a luz que ele traz!
O conto homônimo (meu preferido) sempre me "pescou" em alguma parte do ser, e através da tortura psicológica da personagem menina sobre uma outra, percebemos que a autora faz uma analogia à raça humana, à vida, "essa coisa clandestina que é a felicidade".

ou

A insustenvel leveza do ser, Milan Kundera

Todas as pessoas têm peso e medida do ser, segundo Kundera!
Mas não é através de balanças ou fitas métricas que medimos, e sim, pelo olho do observador...
Ele desenvolveu quatro personagens (dois casais) para desenrolar sua trama não-linear e separou os lugares-comuns de "peso" por capítulos: amor, família, guerra, paixão, pátria, saúde...
É um livro de difícil entendimento (não deve ser nunca a primeira leitura de ninguém!), embora cada página seja um convite à leitura da próxima, intrigando e ao mesmo tempo contagiando; parece que causa uma desfragmentação do pensamento, forçando o leitor a "pesar".
O mais interessante é que o autor não dá as respostas!
É leve o ser de cada um dos personagens? Cada um que tire suas próprias conclusões...


3- Indique três dos seus livros preferidos:

Nessa parte das perguntas, fiz questão de escolher aqueles livros menos festejados pela crítica e público, me levando a praticar, assim, um certo ajuste com a justiça literária.
São ÓTIMOS livros que merecem toda a nossa reverência!


O legado de Humboldt, Saul Bellow

Conta a história de um escritor às voltas no desespero de auto- existir, mas tendo que dar vida aos personagens para sobreviver!
Já consagrado, Humboldt não tem que provar mais nada a ninguém, ainda que toda sua vida sejam flashes, parecendo que ele não se estabelece num mundo real.
É uma daquelas obras falando do esvaziamento humano quando se atinge o auge de um objetivo; o que vai se fazer além?
A passagem mais marcante é quando ele, relembrando a infância, se dá conta que não teve uma...
Por causa de problemas respiratórios quando era menino, sua vida se limitava a ver pela janela as crianças que brincavam com os animais e esperar o próximo ar entrar para os pulmões, sua maior recordação de deleite...



Bilhete no pára-brisa, Terezinha Alvarenga

Detesto livros para adolescente que têm cara de adolescente!
Os autores costumam achar que essa fase da vida é feita de futilidades...
Mas o livro Bilhete no pára-brisa dá uma outra visão do universo dessa fase de vida: mostra que não há divisão entre jovem e adulto quando se trata de dor.
Desmascara com intensa realidade as motivações do personagem central, fazendo-o corroer entre os desalinhos de sua família, seu futuro incerto, o seu amor-não-amor pela amiga-namorada, os colegas que o cobram atitudes...
Seus únicos momentos de paz de espírito, eram exatamente o que dá título à obra: os bilhetes.
É extremamente tocante assistir o amadurecimento dolorido do personagem: como fruta que amadurece à força, ele tem que se tornar um homem às pressas...
O livro é tão magnífico que, mesmo horas, dias, de você tê-lo terminado, ainda fica no pensamento as partes mais contundentes, como se conhecêssemos o rapaz e sofrêssemos com ele...
Esse livro é para qualquer idade ler, ele cabe em qualquer faixa etária!



Gente como a gente, Judith Guest

Toda família tem seus mistérios, segredos inconfessáveis, o que não a faz nem melhor nem pior, cujas pessoas, que estão nessa ou naquela, são gente como a gente...
Mostra o drama de um rapaz cuja vida é marcada pela perda de seu irmão num acidente misterioso, que fez dele um "anormal", alguém fora da realidade.
Ele passa todo o tempo querendo ser "normal", embora não saiba como poderá agradar a todos, como se "sentir" no espaço familiar.
A autora não "pega leve" e traz a nudez das cobranças para os "desajustados" em passagens fortes, evidenciando uma linha de que o mundo não é feito para os sensíveis.
Livro verdadeiro, sem máscaras, de uma força emocional de tirar o fôlego!

* Bônus:

Um estranho no ninho, Ken Kesey

Trata da manipulação carcerária e psiquiátrica que ocorre "por debaixo dos panos".
Foi identificado como "estranho" um preso que sabia sobre sua situação prisional e de fatores legais ( e ilegais) que ocorriam no presídio.
Claro, um sujeito desses é "doente" e tem que ser medicado!
Um enfermeira-chefe cretina começou a "cuidar" dele, mas o mesmo só queria provar que era são!
Há passagens que causam ao leitor verdadeiro ódio pela enfermeira cruel, que castiga sem dó os que ela já tinha "cuidado" a contento!
Cada letra construída com pegada pungente; o autor não quis economizar em escárnio e desprezo pelo sistema arbitrário e nojento das instituições!...
A torcida é que o prisioneiro prove que há muita sujeira por toda a parte, fazendo justiça mas, se isso ocorreu mesmo, só lendo o livro...

Aviso aos navegantes II:

Não assistam ao filme antes de ler o livro!
A obra literária é muito, MUITO MELHOR!!!!



Vamos ao segundo meme e selo?

Recebi esse da minha amiga Cacau Feit (Amor, Sonhos e Contos), que está com um blog muito lindo, renovado, uma gracinha mesmo! O selo é esse aí:

Nesse meme, eu devo falar sobre 7 coisas sobre mim. Vamos lá:

1- Só gosto de refrigerante de marca! Até encaro os "desconhecidos", em último caso, é claro... (Coca- Cola é o meu favorito!);

2- Não uso roupa totalmente preta às sextas-feiras. Sei que é superstição, só que faço isso há tanto tempo, que nem lutei ainda para vencer essa mania!;

3- Tenho uma coisa com bolsa... Por mim eu teria umas quinhentas! É a razão que faz segurar a compulsão de comprá-las...;

4- Adoro jogar comida para as galinhas e patos da nossa casa! É engraçado que eles parecem saco-sem-fundo: tanto comem, tanto querem mais! (haha);

5- A parte do dia favorita minha é a manhã. Acho mais revigorante!;

6- Nunca pintei meus cabelos. Todo mundo, quando não me conhece direito, acha que tinjo, de tão negros que são! Porém, devo isso à genética: minha bisavó também tinha os cabelos negros como a asa da graúna, qual Iracema...;

7- Nasci em casa. Estava com tanta vontade de vir ao mundo, que não deu tempo! Às pressas, foi chamada uma vizinha, que era parteira de um hospital. Não sei por que eu estava com tanta pressa assim de nascer! (haha).

Chegou agora a hora mais difícil: escolher quem vai participar da brincadeira!
A regra do primeiro meme é passar para 10 blogs, e a regra do segundo, 15.
Vou ficar com a primeira regra...
Gente, uma observação: SÓ PARTICIPE QUEM QUISER!!!!
Concedo-lhes três ótimas opções:

* Participar dos dois memes;
* Participar de um dos memes;
* Não participar de nenhum dos memes.


Querem melhor que isso? (haha)

And the Oscar goes to...

Radi Lopes ( De qui tu laif)
Eloisa Fasulo (Fazendo Arte Terapia)
J. Felipe
(De tudo um pouco)
Denize Oliveira
(Bobagens e Emoções)
Marivan
(Rádio Pentecostal)
Rosana Madjarof (Saudade e Adeus)
Glauco Marchezin
(Salve o Bule)
Ismaelita
(Jesus Cristo, Minha Esperança)
Erich
(30 e Poucos Anos)
Lady Sixties
(Blog In Test)

Um abração a todos vocês!!!!

domingo, 6 de março de 2011

Muro de Berlim


Descortinando mistérios de pútrida escolha dentre toadas de esmaecimento fugaz, trago em mim vexames íntegros em esfera singular...
Parede concretista, saia rodada da imparcialidade, escondo aqui, ou deveras ser eu uma vagueadora vagabunda expondo o que é infético fazer?!...
Tomates verdes espalham-se para vermelhos e, fritos, deixam de ser imaturos!
Indecência de costume esse, todos nós absorvendo miséria, legado de traquejo infundado em socialitè deplorável, com guardanapos sobre mesas ou coxas, encoxadas por debaixo dos panos...
Vergonha vermicida a de rapapés indecorosos, falsos lapsos de recolhimento ultrajante, passo de inefável ardor por obscuridade; não abro a boca, contraponho o imaginário...
Querência de rasgar o verbo, a roupa, o desmantelo, desuso do perfurante frescor da manhã, retirando trajes de dormir para panecos-aparência, o convir com o ambiente de sondagem questionável...
O cartão telefônico quebrado inteiro em orelhões insensatos; escondidinho, dando uma "fugidinha" em entradas exibidas!
Salário minimamente solúvel para despesas caras-de-pau, um óleo de peroba para amainar a rudeza, temos que manter o brilho...
Espeto de pau na casa do ferreiro e a velha guarda de sons inconfundíveis, rangidos indecorosos exibicionistas, equilibristas, bairristas, cronistas, ai, lembrei de inseticida...
Pernas pro alto! Baratas caindo por todo o lado: "Cento e cinquenta com muito carinho/Vai ter que me dar um pedacinho de.../ Baygon, Baygon, Baygon, Baygon, BAY-GON(?)!..."
'Cardápio' ardiloso...
Pesco a captação da mensagem, honorável Quem!
Visto de preto para aqueles que vitimaram o porvir!
Saindo de um arremedo de favor, esquento a barriga no fogão e não a esfrio no tanque, máquinas, quebrantes de tecido, lixívia deteriorante, detentora de buracos no tecido , expondo obcenidades...
Vestido acima do joelho: - Que assanhadinha!
Biquíni cavadão na praia: - Que lindo! Onde você comprou?
Vergonha é roubar...
Vergonha é roubar e não levar!
Pára! Pára tudo!
Não sou ladra; levo o que adquiri com o suor do meu trabalho, suor que trato de lavá-lo com sabonete (VERGONHA!) , a água que escorre pelo mundo afora para o desespero dos omissos!
Pratos limpos: não se pede almoço na casa em que se chega!
Sorteio de cesta básica: - Ganhei! Ganhei!, danças de vitória de time, o Brasil ganhou a Copa que ainda não veio...
Nasço nua e me visto pelada, corro algemas de incertas carências falastronas, do tudo é imensamente escaldante em terras de destino caloroso; um short que embarrera o básico, o sol que mostre o resto!
Calados! Hospital tem idosos e gestantes!
Qual é? O carro não cortou o 'jegue' da Av. Brasil? Gritos para surdo ouvir!...
Pecado dengoso, uma vastidão de calamidades à mostra!...
Vergonha de poder, vergonha de ser rico, o alcance do pobrismo; não se paga com notas de cem!
Acaso eu sou veterana de mesquinhez da fortaleza séria de peregrinação auto-suficiente, expositora de bel-prato fornecedor? Minha salada ainda é verde...
Perdão por me emocionar com os sentimentalismos dramáticos, lágrimas escorredoras de lagos oculares...
Espatifo sorrisos abertos monstruosos debochados do riso fácil, subversivo e mal: sem licença para matar, morro de rir, na cara!
Para aqui e acolá somos todos os fornicadores de noite, lascivos pensamentos por trás de portas, cortinas, descortinadas talvez pela modernidade de um piripaque de intensas profundidades para a sinceridade, indevidas e intrépidas, rasteiras sondas deduzidas por brechas em fechaduras...
Batinas sócias de fantasias: delírio de quem gosta do que está por baixo...
Parasitando para fora de senso crítico volúvel, a textura dos objetos calcados não mostra o valor, abstraída que se colocara na periférica sutileza dos dissabores; ter valor coisifica a inesquecível Inês: quem dá mais? Leilão de gente...
Privo e imploro para desenredar o óbvio, máscaras de favores, sem tato para o cotidiano porque ninguém acredita sem ver, São Tomé não está no Céu com seus anjos parentes...
Mas os abstratos chafurdam com a questão de órgão da visão, fazendo-nos sentir desavergonhadamente o que sentimos, escorregando da órbita de uns redondos abaixo das sobrancelhas!
Parelha a isso, temos um jato de pregadores rurais, enfornando num círculo desigual a família sonora, uma igreja que toca dia e noite, vigílias sibilantes, sem medo de acusações de quebra do silêncio noturno!
Explosão! BUM! Meus ouvidos que acordaram desatentos...
Um tinido, um bramido de 'piolhos' musicais em carros mega bytes de potência...
Isso às 8, de uma manhã-feriadão, que insistem em dizer que é para se ser depravado!...
Alguém saiu de algum motel com o marido de... quem?
Quero dar uma 'fugidinha' com... quem?
Deviam reinventar esses funks... Saudosa de atemporal Rappers Delight!
As mãos são mecanismos do corpo estranhamente indecifráveis!
Paguei mico lançando ao rosto umas palmas lépidas recordistas, e se a dança é sem-vergonha, as palmas dão uma puxadinha repentina e sexy na saia, que insiste em vir à tona, mas as mãos logo desistem...
Alçando alguns anos, sutiã tinha alça invisível e agora é troca de dicas...
Firmamento de estrelas era para a poesia, mas shoppings abertos se desnudam vigorantes...
Atravessar enviesado pode parecer descomunal se os tempos são outros e tijolo a tijolo qualquer fato esparrama pela grama...
Construção em decorrentes voltas birrentas, falanges embrionárias da melancia na cabeça!
Famílias discordantes; pois a panela vertical de cultura nunca se retrai ou enche!
Iguais e tapados, reais num solistício outonal!
Atrás daquele muro ninguém espera; ele não prospera mais...
Você tem medo de quê?
Você tem vergonha de quê?...
Palidez de medo da crítica invasora:
Sereno é aquele que diante de passar vicissitudes de perda, esquece o pano do apego e se refaz na vitória, obscura, crua, tampada, mas sua!...



(Imagem:
http://kenjisama.blog126.fc2.com/blog-entry-49.html
Edição de imagem:
http://marymiranda-fatosdefato.blogspot.com )

quarta-feira, 2 de março de 2011

Eu e Meme, Meme e eu


Parodiando o título de um dos melhores álbuns do meu ultra-mega-hiper-talentoso Lulu Santos, estou aqui com o meu Eu e Meme, Meme e eu (do meu fofo, o nome é Eu e Memê, Memê e eu), que tem como ponto de partida, um selo.
Fui indicada por três grandes amigos do diHITT que, por ordem de chegada, vou dar-lhes os nomes:

Glauco Marchezin , o Amigo do Joãozinho ( Salve o Bule);
Bruno Machado, o Re-selador ( Entrevista com blogueiros);
Juci Dias, a Guria Faceira ( Animaquários).


Claro, ainda há alguns outros selos que até hoje (nem vou dizer que estou atrasada; seria eufemismo!) que outros amigos meus me agraciaram e eu nem postei...
Não vou postar os selos, mas não posso deixar de fora os nomes desses amigos da minha lista de júbilo pela lembrança, amizade e consideração que sempre têm comigo:

Samanta Sammy, a Menina Sorriso (Vida Real da Sam);
J.Felipe, meu Canceriano Favorito (De tudo um pouco);
Cacau Feit, a Doce Chocolate ( Alma Aprendiz);
Larissa Bohnenberger, a Sagitariana Espalha-Brasa
( O Elemento Fogo).
Obrigada, meus queridos!
Adoro vocês!!!!
Vamos a ele, o meme...


Nome: Mary Miranda
Uma música: Espertinha virou meu sobrenome agora! rsrs
Toda vez que alguém me perguntar sobre música ou filme, vou dizer uma que eu adore e que esteja buzinando na minha mente. São muitas e não posso listá-las!
Que tal uma do Alceu Valença, que anda tocando no meu ouvido ultimamente? Morena Tropicana! ("Da manga rosa quero o gosto e o sumo/ Melão maduro sapoti juá...") e Born to touch your feelings- uma do Scorpions pra variar! rsrsrs - ("You've got your songs /They are everyday for awhile/Just the only way to feel all right...")
Humor: Sou muito bem-humorada! Claro que perco minha paciência de vez em quando, mas tenho uma capacidade incrível de rir das minhas próprias tragédias!
É por isso que estou de pé até hoje, por causa do meu bom-humor!...
Uma cor: Preto, branco e verde.
Uma estação: Inverno ou os dias que estejam frios ( às vezes chove aqui no Rio e faz um frio tremendo!).
Como prefere viajar: Não viajar. Sou meio atípica nesse ponto. Não sou muito fã de viagens! Talvez seja por causa da arrumação de malas, que acaba me fazendo esquecer de alguma coisa para levar...
Um seriado: Dois Homens e Meio, CSI, Arquivo Morto e Dexter.( Quando me lembro de gravar porque, para assistir no horário, é muito difícil!)
Um filme: Tootsie, com Dustin Hoffman. (Escolhi pelo mesmo critério de música!)
Frase ou palavra mais dita por você: A frase que mais digo é Complicado isso! Estou me policiando, mas é ainda a que mais falo.
O que achou do Selo de Qualidade: O selo é bem bonito, criativo. Mas 'catando' na maior a resposta do Bruno, 'não é nenhuma Capela Sistina'! (Espero que ele não tenha patenteado essa definição, assim como deixou livre o uso do verbo 're-selar'! rsrsrs)
Sinceramente, o valor maior de todo selo/meme que recebo é a lembrança do amigo(a), não o sentido de beleza...


Acabei de receber um selo, saído do forno, lindo, e em homenagem aos amigos blogueiros mais chegados. Dê uma olhadinha nele!

Veio do meu amigão:
Príncipe Encantado, o Sapinho do Meu Coração (Mensagens pra Nós Dois).


Para indicação do selo e meme, me vi numa embrulhada daquelas!
Eu teria que repassar para outros 15 blogs, mas a maioria dos que seriam meus indicados, em peso, já participou, e alguns outros, eu sei que não curtem lá muito essa brincadeira...
O que fazer, então?
Vou arriscar e escolher duas pessoas que sempre demonstraram gostar desse tipo de atividade entre os blogueiros:

Denize Oliveira
Larissa Bohnenberger

Obs.: Para cumprimento da regra do selo do Príncipe, é necessário o seguinte:
* Passar somente para cinco blogs;
* Linkar o blog de origem do selo.

Um abração a todos!

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